domingo, 4 de maio de 2008

Natureza morta

A folha cai suavemente, balança.
Ninguém o sente, o balanço
Cai e o estrondo faz estremecer a estrada.
Retenho o momento
Click, click, click.
Críspida, castanha, coitada
Já foi, agora é nada.

2 comentários:

D@s Pl3ktrüm-/v\ädch3n disse...

Não consigo perceber porque é que têm que varrer as folhas que caem das árvores, porque é que as enfiam em sacos de plástico como se fossem lixo... Há qualquer coisa de sublime no caminhar por cima delas, no ouvi-las estalar debaixo dos nossos pés, no arrastar da vida por entre a natureza - morta.

Se quando uma folha cai faz estremecer a estrada, quando todas as outras caem também, ela estilhaça-se em tantos caminhos quantos se pode percorrer quando não se vai a lado nenhum... Porquê estragar o prazer da viagem?

P.S. - Gostei de te ler. Cliché não é, de todo, a palavra certa para o descrever, menino do tech ;)

Anônimo disse...

parece-me bem.
se o lesse sem saber a proveniência saberia logo ser português:).
salomé