sexta-feira, 13 de março de 2009

...

Abro-me num rasgo,
dispo-me da carne,
vejo as tuas lágrimas
e bebo-as de um só trago.

Neste círculo do Amor,
a volta do compasso,
uma linha que não tem fim
um tremor que sinto em mim,
nem mais um traço.

E ao fechar-me neste buraco,
feito pelo meu compasso,
quem não faz sentido sou eu
daqui só levas o que é teu.

Na roda do meu compasso
no centro deitada, despida,
tu és todo o sentido
da minha vida...

"Coiso-te"

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