domingo, 31 de outubro de 2010

Os outros

Numa espiral de corpos

Nervosos, suados tremem

Colidem enraivecidos

Rodam para o negro

Com medo

De um escuro infinito

Nem um grito

Os faz parar

Já é tarde para os separar

Respiram o pó

Cegam com as palavras

Negam os sons desconhecidos

Inventam medos e caminhos

Negam passados escritos

Só para serem conhecidos

Não abrem os olhos

Nunca ouvem

Pouco dizem…

Um comentário:

Marta Queiroz disse...

Dos meus favoritos!
Bjufa babada.