domingo, 31 de outubro de 2010

flôr

tenho saudades de te ver abrir
num movimento doce
num sereno levantar das pétalas
tenho saudades de te sentir

vejo-te nesse movimento em cada folha
num caude inocente
na flôr no meio do nada
vejo-te nesse movimento em cada néctar que voa com a abelha

quando te moves delicadamente
sinto vontade de te agarrar
sinto vontade de te libertar
quando te moves a tua silhueta não mente

és unica, é certo...
és a planta que cresce sozinha no deserto
que dá vida ao mundo sem afecto

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