terça-feira, 4 de janeiro de 2011

...

Quantas vezes tenho de errar
para aprender?
quantas vezes desespero
para aprender a amar.

Por vezes parece que acerto
vejo tudo claro.
Por vezes o coração não pensa
vejo tudo claro e desperto.

Claro que parece simples a equação
para quem nunca pensou o amor
Claro já aprendi a lição
para quem sempre usou a razão.

Troco a ordem das rimas e dos versos
porque cansei de pensar
escrevo como um louco estes traços
para te dedicar o meu amar
deixo-me levar pela mão
neste caderno vazio de tinta
encho-o como o meu coração
deixo que te sinta

Perdi o teu olhar para mim
calei a tua voz no meu ouvido
errei e perdi a flôr
a única que fazia sentido
o perto ficou mais longe
e deixei de fazer rima
largo a caneta e paro de escrever
porque já não te tenho, já não és minha.
Acabou-se a minha vida...

E assim acabo triste e abandonado,
assim como tu estiveste no passado
quando deixei de estar do teu lado
Aceito este triste destino
Aceito este triste momento
Aceito este triste fado.

3 comentários:

Cristy disse...

Tão bonito! continua....

Pedro Soares Filipe disse...

pesado mas bonito. adoro o que escreveste mas preocupa-me que o tenhas escrito. abraço com muito amor heterosexual.

Anônimo disse...

Na aceitaçao de um triste fado tornas-te o seu criador
Abráças-te a esse momento
Apaixonas-te pela propria dor
Torna-se parte do teu passo
Torna-se parte do teu laço
Torna-se o teu regaço